quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Novo Encontro da ASARVI

A próxima reunião da ASARVI acontecerá no dia 21 de setembro, no Auditório da Embrapa Uva e Vinho, a partir das 19:30 horas. O tema abordado será "A vitivinicultura brasileira: panorama 2010/2011", com o pesquisador da Embrapa José Fernando da Silva Protas.
 

Contamos com a participação de todos.

ASARVI

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

REUNIÃO DA ASARVI NO DIA 09/08/2011

Lembramos a todos os colegas agrônomos da reunião da ASARVI agendada para amanhã (09/08, terça-feira), a partir das 19:30 horas, no Auditório da Embrapa Uva e Vinho. A reunião iniciará com palestra sobre o tema "Alimentos Seguros", a ser ministrada pelo Coordenador do Programa PAS, Paschoal Robbs (Rio de Janeiro, RJ). Após, haverá jantar de confraternização na Sede da Associação dos Empregados da Embrapa. Contamos com a colaboração de todos.
Preocupando-se com a segurança do alimento

* Alexandre Hoffmann
Pesquisador, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia

* Samar Velho da Silveira
Pesquisador em Fitotecnia, Embrapa Uva e Vinho

Uma das necessidades básicas do ser humano é a alimentação. Garantir o acesso a uma alimentação equilibrada é o objetivo daquilo que vem sendo cada vez mais objeto de políticas públicas e ações empresariais: a segurança alimentar. Isso quer dizer que, uma vez satisfeita a necessidade elementar da alimentação, é preciso ir além e assegurar que os alimentos produzidos sejam seguros, ou seja, tragam saúde a quem consome e não representem risco de contaminação. É aí que surge uma outra área do conhecimento, chamada Segurança do Alimento. Embora pareçam ser iguais, segurança alimentar e segurança do alimento são temas bem distintos, embora sejam complementares. Em outras palavras, ambos devem ser considerados, por governos, produtores, vinícolas, instituições de pesquisa, de ensino e de assistência técnica.
Mas isso é importante para quem produz uvas? E para quem elabora vinhos, sucos e espumantes? O que pode acontecer se não dermos atenção à segurança do alimento? Na verdade, por serem alimentos, as uvas e seus derivados devem receber toda a atenção de quem produz, para reduzir os riscos de contaminação, seja de ordem química (resíduos de agrotóxicos, micotoxinas, nitratos e outros), física (restos de metais, solo, vidro ou outros) ou biológica (dejetos, bactérias, fungos e outros). E isto deve ser objeto de atenção desde o manejo do vinhedo até a embalagem do produto processado, passando pelo cuidado na colheita e no transporte. Recentemente, vimos o episódio de contaminação de alimentos que causou mortes e internações em vários países da Europa, o que ilustra o risco que pode acontecer à saúde humana se não forem tomados os devidos cuidados com a contaminação dos alimentos. Na cadeia vitivinícola, também há riscos, e é preciso estar atento a eles, não somente pela consciência e responsabilidade como produtores, mas também porque é cada vez maior a exigência dos mercados consumidores por comprovações, expressas pelas certificações dos processos e dos produtos, de que o alimento foi produzido segundo regras pré-definidas, respeitando o ambiente, a carência dos agrotóxicos e os cuidados na colheita e no transporte e com o processamento sendo efetuado de modo correto. Isto é especialmente importante na medida em que os vinhos, sucos e espumantes brasileiros estão sendo exportados para mercados exigentes e atentos à qualidade, além da concorrência no mercado nacional.
Em sintonia com uma preocupação setorial, estamos atentos a este fato e diversas ações vêm sendo organizadas pela Embrapa para que se possa produzir com melhor qualidade e maior segurança para o produtor e para o consumidor. Desde 1997, a Embrapa Uva e Vinho tem atuado com o sistema de produção integrada, que é uma forma de produzir alimentos com respeito ao ambiente, à saúde do produtor e à segurança para o consumidor, possibilitando uma certificação que é aceita internacionalmente. Após diversos outros processos de certificação para frutas, como a maçã, a uva de mesa, a manga e o mamão, a uva para processamento está sendo trabalhada, em um projeto coordenado pela Embrapa e com a parceria de diversas instituições e empresas privadas (cooperativas, Fecovinho, Coocenal e Uvibra; os Institutos Ibravin e Vinhovasf; as empresas Tecnovin, Vinícola Almadén e Vinícola Luiz Argenta; a Emater-PR e a UFRGS). Este projeto abrange os principais pólos de viticultura de clima temperado do Brasil, a Serra Gaúcha e a Campanha do RS, o principal pólo de viticultura de clima tropical semiárido, o Vale do São Francisco, e uma região de clima subtropical, o Paraná. No Estado do Rio Grande do Sul, o projeto iniciou na metade de 2010, com a instalação de quatro áreas de validação em vinhedos da Serra e da Campanha. Os primeiros resultados foram obtidos na safra 2011, culminando com o processamento da matéria-prima – elaboração de suco ou vinho de acordo com a cultivar – e a realização de análises multirresíduos na uva, no suco e no vinho. Neste ano, estão sendo instaladas novas parcelas de validação, no Vale do São Francisco e no Estado do Paraná.
Além deste projeto, boa parte da programação de pesquisa da Embrapa Uva e Vinho tem este foco, ou seja, aprimorar o sistema de produção de forma ‘mais limpa’ e segura. Em complementação a essas atividades, como parte de uma parceria entre Embrapa, Ibravin e Sebrae, estão sendo preparados manuais e cursos de capacitação para técnicos que atuarão junto a produtores de uvas e a vinícolas, nos meses de agosto e novembro de 2011. Estas ações fazem parte de um programa nacional, chamado Programa de Alimentos Seguros (PAS)), coordenado nacionalmente pelo Senai e que, certamente, trará grandes contribuições para a qualidade das uvas e de seus derivados e para a competitividade da vitivinicultura brasileira.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PAS (Programa Alimentos Seguros)


O que é isto?

Tem crescido significativamente no meio técnico a preocupação com a produção sustentável de alimentos. O Brasil é hoje um dos maiores produtores de alimentos do mundo e é nítido que tende a crescer em destaque no cenário mundial pela abundância de terra, sol, água, mão-de-obra e tecnologia. Mas este crescimento impõe novos desafios, principalmente para que o Brasil fique conhecido (e projete-se no mercado mundial) como produtor que respeita o ambiente.
            Além de produzir e respeitar o ambiente, tem crescido a preocupação com a obtenção de alimentos seguros, ou seja, utilizar Boas Práticas Agrícolas para ofertar ao consumidor produtos que lhe assegurem saúde e bem-estar. Isto é algo cada vez mais pragmático e deve estar presente na mente de todos os produtores e, num primeiro momento, dos engenheiros agrônomos. É aí que entra o PAS. O termo “segurança”, portanto, não se restringe apenas ao produto final, mas compreende também todo o processo de obtenção da matéria prima e sua industrialização, assegurando que todas as etapas pautem-se pela segurança do trabalhador, do ambiente e do consumidor.
            O Programa PAS é uma iniciativa nacional coordenada pelo SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mantida pelos parceiros SENAI-DN, SEBRAE-NA, SENAC-DN,SESI-DN e SESC-DN e apoiada por um conjunto de instituições públicas e privadas que aportam competências e conhecimentos para comporem documentos que são utilizados tanto na capacitação de consultores quanto na orientação dos processos a serem aplicados pelos produtores, técnicos e industriais. O Programa tem como foco a organização do conhecimento para cada cultura ou produto para atendimento de requisitos do sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e tem sido aplicado com sucesso em um grande elenco de culturas e produtos agropecuários.
            O crescimento quantitativo e qualitativo da vitivinicultura brasileira tem imposto novos desafios, que possibilitem associar a competitividade do negócio quanto a sua sustentabilidade. A aplicação de tecnologias deve, portanto, estar associada a práticas que reduzam ao mínimo o impacto ambiental negativo e assegurem que o produtor rural, o técnico, o profissional que atua na indústria e o consumidor sejam beneficiados por processos e produtos seguros. Alimentos seguros, muito antes de serem apenas um diferencial, são um direito do consumidor e um elemento de promoção positiva dos produtos. É exatamente neste contexto que a obtenção de vinhos, sucos e espumantes seguros em sistemas sustentáveis de produção é uma iniciativa saudável para todos e fortemente alinhada com as exigências do mercado brasileiro e internacional.
            Diante desta demanda, vem sendo realizada a inserção da cadeia produtiva da uva para processamento no Programa PAS. É uma grande oportunidade para o aprimoramento tecnológico em sintonia com as demandas de mercado. Vale a pena pensar sobre o assunto e incorporá-lo em nossa prática profissional. Há muito em que avançar e cabe a todos nós contribuirmos.

O que o PAS tem a ver com as  Boas Práticas Agrícolas?

            Tudo a ver. O PAS surgiu na indústria, mas no que se refere à agropecuária, a obtenção de matéria-prima de qualidade é um passo essencial para o alcance da meta dos alimentos seguros. Por isso, desde 2003, um segmento importante do PAS tem se voltado para o campo, justamente adotando as Boas Práticas Agrícolas.
            As Boas Práticas Agrícolas (BPA) são padrões que indicam como se deve lidar com a produção primária, transporte e embalagem de produtos hortícolas para garantir a segurança e a qualidade do alimento produzido e de seus derivados, neste caso específico, da uva para obter vinhos, sucos ou espumantes.
            As BPA constituem um meio adequado para incorporar práticas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e manejo integrado de culturas (MIC) no âmbito da produção agrícola comercial. O manejo integrado de pragas (MIP) é uma estratégia de controle baseada no monitoramento e na implementação do menor número possível de pulverizações com agrotóxicos, ao combinar os seus efeitos com a implementação de práticas culturais que permitam minimizar a exposição destes ao contato humano e ao ambiente. O MIP prioriza a prevenção e os tratamentos não-químicos. Portanto, o MIC é uma estratégia de gestão da produção, a fim minimizar o uso de agrotóxicos, dos nutrientes do solo e da água, através da avaliação prévia das necessidades do cultivo, trabalhos culturais, recursos naturais disponíveis, com o objetivo de obter uma atividade sustentável e que não comprometa a qualidade e a disponibilidade de recursos. Nesse sentido, a adoção do MIP e do MIC é considerada um fator essencial para o melhoramento e a sustentabilidade da produção agrícola no longo prazo.
As Boas Práticas Agrícolas (BPA) tem como objetivo a adoção das melhores práticas agrícolas para a produção de uva como matéria prima da indústria vitivinícola (material de propagação, viveiros, uva para elaboração de mosto e vinho). 
            As BPA tem como objetivos principais:
• Garantir a segurança dos alimentos
• Obter produtos de qualidade que atendam a demanda dos consumidores
• Produzir de forma a proteger o meio ambiente e impedir a sua degradação
• Garantir o bem-estar no trabalho.
            A importância das BPA é que sua implementação não só garanta que os alimentos estejam aptos para o consumo humano, mas que também permita o acesso dos mesmos a diferentes mercados que as incluem em sua legislação. O produtor que aplica BPA está em condições de colocar seus produtos nos mercados estrangeiros, os quais são cada vez mais exigentes e competitivos, bem como é capaz de diferenciar seu produto no mercado interno.
            As BPA incluem fatores de higiene relacionados ao solo e a água, onde ocorre a produção, e práticas de manejo que impeçam introduzir contaminações provenientes do material vegetal utilizado, da manipulação de produtos fitossanitários, das instalações, do pessoal, da colheita, dos equipamentos e no transporte.
            Para uma melhor aplicação e utilização destas ferramentas de gestão para a segurança e qualidade, é essencial que todas as organizações envolvidas na cadeia de produção aceitem o seu papel nas tarefas e responsabilidades para assegurar que as BPA sejam plenamente implementadas.
            É conveniente que os produtores demonstrem o seu compromisso com, pelo menos, os seguintes pontos:
                        a) manter a confiança dos consumidores na segurança e qualidade das uvas produzidas;
                        b) minimizar os impactos negativos ao meio ambiente e incentivar a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade;
                        c) racionalizar o uso de agrotóxicos;
                        d) assegurar uma atitude responsável pela saúde e a segurança dos empregados.

domingo, 10 de julho de 2011

ASARVI volta a atuar na Serra Gaúcha

Prezados Agrônomos da Região da Uva e do Vinho,


Após reunião realizada na EMBRAPA Uva e Vinho com a presença de 13 agrônomos da região, a ASARVI está voltando a ativa. A perspectiva é de realização de reuniões mensais com palestras diversos assuntos relacionados ao desenvolvimento da Região da Uva e do Vinho.

EM BREVE DIVULGAREMOS CALENDÁRIO DAS PALESTRAS.


ASARVI